Administrado por Dom Joseph Ravassi.

Constituição Conciliar Sacerdos in Aeternum - Sobre a natureza do Sacerdócio

 


 

SACRUM CONCILIUM HIEROSOLYMUM

CONSTITUIÇÃO CONCILIAR
SACERDOS IN AETERNUM
SOBRE A NATUREZA DO SACERDÓCIO

IOANNES PAVLVS EPISCOPVS
SERVUS SERVORUM DEI
UNA CUM SACROSANCTI CONCILII
AD PERPETUAM REI MEMORIAM

PROÊMIO

1. ''Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem do rei Melquisedeque'' (Sl. 110,4). A figura do Rei Melquisedeque, que fora narrada no livro dos Gênesis (14, 18-20), não nos dá uma clara genealogia, descendência ou história deste Rei, porém, mostra-nos sua semelhança a Cristo que “foi por Deus proclamado sumo sacerdote na ordem de Melquisedeque” (Hb. 5,10). Entretanto, Nosso Senhor Jesus Cristo não fazia parte da tribo de Levi, ou seja, não descendia da linhagem do sacerdócio, no entanto, era descendente da casa real de Davi, que lhe conferia a sucessão, para o povo judeu, de um Rei; provando assim, que o sacerdócio que emana de Cristo começa em Seu Coração, de onde é eterno, único e inigualável, sendo, portanto, semelhante ao do rei, pois ele conseguia à comunhão entre ser ''rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo'' (Gn. 14,18). Desse modo, o sacerdócio é um dom que herdamos por ''meio dos Seus Apóstolos, Cristo, a quem o Pai santificou e enviou ao mundo (Jo. 10,36), tornou os Bispos, que são sucessores daqueles, participantes da Sua consagração e missão: e estes transmitiram legitimamente o múnus do seu ministério em grau diverso e a diversos sujeitos [1]''.

2. Atento a isso, este Sagrado Concílio voltou-se aos que, constituídos por Cristo como seus agentes na missão, tal como ajudantes dos sucessores de Gregório XVII - no habbo como imagem figurada do apóstolo Pedro pois, iluminado pelo Espírito Santo e cheio do ardor missionário deu início a este apostolado eclesial [2] - são muitas vezes desfocados e pouco citados no magistério da Igreja habbiana. Assim, a Igreja compreende a importância deste ministério como um ato de dispor-se ao serviço ''de Cristo mestre, sacerdote e rei [3]'' de nossas vidas e uma dupla entrega ao reino dos céus, que foi fundado sobre a terra pelo próprio Cristo, isto é, a Santa Mãe Igreja [4].

+ Dom Jorge Snaif Card. Médici, Presidente da Comissão Conciliar para a Natureza Eclesial da Igreja;
+ Dom Raul Gabriel Card. Steiner, Vice-Presidente da Comissão Conciliar para a Natureza Eclesial da Igreja;
+ Dom Marcos Nunes, Auxiliar da Comissão Conciliar.

CAPÍTULO I
Do sacerdócio no Antigo Testamento

O povo eleito e sacerdotal
3. ''O povo eleito foi constituído por Deus como ''um reino de sacerdotes e uma nação consagrada'' (Ex. 19, 6) [5]''. Dentre todas as tribos do povo de Israel, a de Levi foi contemplada pela graça do serviço e da entrega ao sacerdócio, onde, pelo trabalho de cada dia e dos sacrifícios ofertados ao Senhor, seriam ''raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo conquistado [...] que outrora não era povo, mas agora é povo de Deus'' (1Pd. 2, 9-10), por isso "sede santos, porque Eu sou o Senhor, vosso Deus'' (Lv. 20,7). Por esta raça e por escolha do Senhor, fomos oferta por meio dos holocaustos dos antigos pais, que se santificavam através de sacrifícios oferecidos ao Senhor em expiação de seus pecados (Lv. 16,3); de outra maneira, a Igreja como receptora das graças do Coração de Cristo, recebeu d'Ele a honra da celebração eucarística, isto é, o autêntico sacrifício real e sem derramamento de sangue de Nosso Senhor. Dessa forma, o sacerdócio que outrora se oferecia como vítima a Deus, agora age como pessoa de Cristo, onde o próprio Deus se doa no sacrifício do altar [6]. Ademais, estes sacrifícios que os sacerdotes ofereciam serviam para o perdão dos pecados, para trazer reconciliação com Deus. Com isso, já na Nova Aliança, o próprio Deus se doa sob a Cruz e nos perdoa, sendo Ele mesmo vítima de holocausto.

4. ''Chame seu irmão, Aarão, e separe-o dentre os israelitas, e também os seus filhos Nadabe e Abiú, Eleazar e Itamar, para que me sirvam como sacerdotes'' (Ex. 28,1). Durante o período em que povo hebreu sofria no Egito e almejava por libertação, ao final do percurso terem sido libertos (Lv. 11,45), ainda não possuíam sua identidade religiosa e nem política após passarem pelo exílio na Babilônia. Desse modo, Deus, agindo por bondade com aquele povo, dos quais seguiram Moisés à terra prometida, deu-lhes Aarão que seria sua ponte entre Ele e os homens, o Seu sacerdote. Antes mesmo de chegarem à terra prometida, os povos de Israel ficaram 40 anos no deserto. Com o passar dos tempos, os israelitas se rebelaram contra Deus e se tornaram idólatras (Ex. 32, 4-7); entretanto, desse meio apenas a tribo de Levi se manteve fiel e lutou contra as blasfêmias e idolatrias cometidas pelo povo. Por isso, Deus escolheu os levitas para trabalharem no serviço do templo. À vista disso, os levitas, como povo escolhido para cuidar do templo - casa de Ouro - iam crescendo com a bênção de Deus e se tornando sacerdotes, pois descendiam de Aarão (Lv. 1,10-11).

5. "O Senhor disse a Moisés: "Dize aos sacerdotes, filhos de Aarão, o seguinte: Ninguém será considerado como impuro no meio de seu povo''. "Ele, sendo chefe no meio de seu povo, não se tornará impuro, para não se profanar" (Lv. 21,1.4). As instruções referentes a vida de um sacerdote, sua maneira de agir perante o mundo, revela-nos a distância que Deus tem para com o mundo que não é agradável à Sua bondade infinita. Daí, o sacerdote, aquele que é chamado a espelhar-se em Cristo, é também reconhecido como um indivíduo apartado das coisas mundanas, chamados a ser "santos porque Eu (Deus) sou santo'' (Lv. 11,45). Com o passar do tempo, os sacerdotes foram se beneficiando deste meio, se declarando como ''pontes entre Deus'', assim como Aarão, irmão de Moisés, era conhecido entre sua tribo; essa fama acabou transformando o povo dependente deles, o que mais tarde Jesus viria delimitar e declarar que o próprio Deus vem ao nosso encontro, sempre desejoso em nos salvar (Mc. 2,17; Lc. 15).

CAPÍTULO II
Jesus, o Sumo Sacerdote

Cristo: Revelação da Trindade como sacerdote eterno
6. ''Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de misericórdia e Deus de toda consolação, Vós habitais no mais alto dos céus [...]; e escolhestes desde o princípio um povo santo, descendente de Abraão, dando-lhes chefes e sacerdotes, e, jamais deixastes sem ministros o vosso santuário [7]'', é a oração que os bispos - atuando do mesmo modo que seus antecessores fizeram ao conferir a homens idôneos a sucessão dos apóstolos - rezam ao sagrar novos irmãos na plenitude do terceiro grau da Ordem. Do mesmo modo, o ato de consagração de Aarão (Lv. 8) é uma prefiguração do ministério ordenado do sacerdócio e do ministério apostólico nascido a partir de Cristo na nova aliança. Análogo à antiga aliança, recebemos o conhecimento que o Pai, o todo-poderoso, fez o mundo através do Verbo e do Espírito, que foram Seus ''braços'' na realização desta obra de excelência (Cl. 1, 16-17), e, desta maneira, revelou-nos o mistério da grandiosidade da Trindade, da qual Cristo faz parte e é substancialmente igual à magnanimidade do Pai e do Espírito que procede de ambos. Portanto, Cristo é o Sumo Sacerdote, pois d'Ele se procede e se consuma o sacerdócio real, sendo assim, é d'Ele que se origina o ânimo missionário e da pregação nos sacerdotes. Destarte, por meio d'Ele veio o Espírito Santo, concedeu-lhes os dons imensuráveis da bondade de Deus e batizou-os com a unção celeste (At. 1, 5); com efeito, como disse Pedro: ''a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus, chamar" (At. 2, 38-39).

O Coração de Cristo, fonte do sacerdócio
7. ''Cristo Nosso Senhor, Pontífice escolhido de entre os homens (Hb. 5, 1-5), fez do novo povo um ''reino sacerdotal para seu Deus e Pai'' (Ap. 1,6; 5, 9-10) [8]''. Cristo, redentor nosso e sacerdote real, ao qual “foi por Deus proclamado sumo sacerdote na ordem de Melquisedeque” (Hb. 5,10), é o princípio do sacerdócio e o fim último dos que se entregam a tal ministério, pois sendo desraigado das descendências levíticas, ainda sim se constitui ''sacerdote do Deus Altíssimo'' (Gn. 14,18), e nos mostra Seu Coração rico em ''misericórdia e de graça (Ef. 3,8) [9]''. Ademais, ''o sacerdócio ministerial possui estreita relação com o Sagrado Coração de Jesus, e os sacerdotes, no exercício do seu ministério, são chamados a se inspirar no coração de Cristo, Bom Pastor e Bom Samaritano da humanidade. "Dar-vos-ei sacerdotes segundo o meu coração" (Jr. 3,15), anunciou Deus através do profeta Jeremias. E pela boca de Ezequiel, reprovou os maus pastores, que descuidaram do rebanho e só pensaram no próprio interesse e não no bem das ovelhas (Ez. 34). Os sacerdotes, ministros de Cristo e da Igreja, devem ser esses pastores segundo o coração de Deus e de seu Filho Jesus Cristo. Através deles, Deus quer continuar a "amar humanamente" as pessoas e a lhes mostrar, de maneira humana, os sentimentos e afetos do seu divino coração. De fato, o sacerdote é chamado a ser uma imagem sacramental desse amor divino. Essa missão alta só pode ser exercida mediante a comunhão e a sintonia íntima com o coração de Deus e de Cristo. É por isso que os sacerdotes são ungidos pelo Espírito Santo para serem "pessoas sacerdotais", e não apenas para exercerem algumas funções sacerdotais [10]''. ''O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus [11]'', é de onde brota o amor infinito de Deus por nós, é um ato de doação, de fulgura. O sacerdote é, aquele que se encontra ''plenamente com o coração do Bom Pastor [12]" com a sede de levar almas para Cristo.

8. ''Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco, em que o Filho unigênito de Deus foi enviado ao mundo pelo Pai a fim de que, feito homem, desse nova vida pela Redenção a todo o gênero humano e o unificasse [13]''. Este mesmo Cristo que fora enviado pelo Pai (Jo. 4,34; 5,30; Hb. 10,7; Sl. 39,9), e que desceu para manifestar a Salvação da Jerusalém Celeste, onde por meio de Seu Coração, ''e de seu lado aberto pela lança fez jorrar, com a água e o sangue, os sacramentos da Igreja [14]'' como fonte de santidade e vívida fé, agora envia seus ministros para que sejam ''fonte de vida, e com eles permaneça para sempre [15]''. Enviados por Cristo (Mc. 16,15) já não são mais eles que vivem, mas é Cristo que vive neles (Gl. 2,20), entregando sua carne ao Senhor e vivendo pela fé que do Espírito Consolador procede (Gl. 2, 20), se configuram a missão de Moisés que disse: ''cumpram tudo que o Senhor lhes ordenou'' (Lv. 9,6).

Da missão de Cristo por meio de Seus ministros
9. ''O Senhor Jesus, ''a quem o Pai santificou e enviou ao mundo'' (Jo. 10,36), tornou participante todo o seu Corpo místico da unção do Espírito com que Ele mesmo tinha sido ungido: n'Ele, com efeito, todos os fiéis se tornam sacerdócio santo e real, oferecem vítimas a Deus por meio de Jesus Cristo, e anunciam as virtudes d'Aquele que os chamou das trevas para a sua luz admirável [16]''. Sendo assim, por Cristo Jesus, que fora ungido pelo balsamo do Espírito Divino, somos introduzidos na comunhão deste Corpo santo e penetrados nos sagrados mistérios do sacerdócio real e santo (1Pd. 2, 9-10), deste modo, para garantir a unidade de tua Igreja assegurou que ''nem todos os membros'' tivessem ''a mesma função'' (Rom. 12,4). ''Isto não prejudica nenhum um pouco à unidade da Igreja, pois é o dom de Deus que é disperso sobre todos, não nos tornando superiores uns que os outros, mas sim como complemento da fé em comunidade, sendo uma maneira de ''conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz'' (Ef. 4,3) [17]''.

10. ''Enviando os Apóstolos assim como Ele tinha sido enviado pelo Pai (1Pd. 2,12). Cristo, através dos mesmos Apóstolos, tornou participantes da sua consagração e missão os sucessores deles, os Bispos, cujo cargo ministerial, em grau subordinado, foi confiado aos presbíteros, para que, constituídos na Ordem do presbiterado, fossem cooperadores da Ordem do episcopado para o desempenho perfeito da missão apostólica confiada por Cristo [18]''. Tal perfeição só poderia ser realizada por Deus, em que os ministérios se completam e se mantém perpetuamente, sendo plenificados no Coração de Cristo; para que, no sacrifício eucarístico e pela ação dos demais sacramentos, possam continuar ''arrebanhando as almas para Deus [19]'' como sua missão principal. Destarte, ''participando, a seu modo, do múnus dos apóstolos, os presbíteros recebem de Deus a graça de serem ministros de Jesus Cristo no meio dos povos, desempenhando o sagrado ministério do Evangelho, para que seja aceita a oblação dos mesmos povos, santificada no Espírito Santo [20]''; desse modo, o ministério sacerdotal é a plenitude em Cristo, pois são subordinados aos seus sucessores, com a missão da pregação do Evangelho, da salvação, e das virtudes evangélicas. ''O primeiro impulso que deve mover o espírito sacerdotal há de ser o de unir-se estreitamente ao divino Redentor, para aceitar docilmente e em toda a sua integridade os divinos ensinamentos, e de aplicá-los diligentemente em todos os momentos de sua existência, de forma que a fé seja constantemente a luz de sua conduta e sua conduta seja o reflexo de sua fé [21]''. Portanto, o sacerdote, agindo nos sacramentos como pessoa de Cristo, deve espelhar-se no Redentor em toda sua vida, buscando sempre alcançar a compaixão pelos irmãos e um espírito resignado pela luz da fé.

Da obediência aos superiores
11. Por conseguinte, a obediência, como virtude que deve ser seguida por toda a cristandade, sobretudo pelos ministros ordenados, é a fonte da vivência fraternal da Igreja, ''porque não há autoridade que não venha de Deus" (Rm. 13,1). ''O espírito de humildade, iluminado pela fé, dispõe a alma à imolação da vontade por meio da obediência. O próprio Cristo, na sociedade por ele fundada, estabeleceu uma autoridade legítima, que é uma continuação da sua. Quem, portanto, obedece aos superiores, obedece ao próprio Redentor [22]''. A obediência, portanto, é o dever pelo qual temos que prestar às autoridades constituídas pelo sangue de Cristo. ''Sois vós, Mestre, rei celeste dos séculos, quem dá aos filhos dos homens glória, honra e poder sobre todas as coisas da terra [23]''.

CAPÍTULO III
Do sacerdócio no Habbo

Da atuação como pastor e sua missão
12. "Nós, sacerdotes, que somos? Ministros (de Cristo), seus servidores; porque tudo o que distribuímos a vós não é coisa nossa, mas o colocamos para fora de sua dispensa. E também nós vivemos disso, porque somos servos como vós [24]''. O ministério sacerdotal é o ato de despojo de si e entrega total ao Reino de Cristo, porque sua única missão é encaminhar-se ao reino dos céus, sem se esquecer de seu rebanho; este pastor deve, portanto, zelar por suas ovelhas (Lc. 15, 4-7), zelar pelo que fora confiado a ele pelo Espírito Santo, Aquele que age pelos ministros na santificação dos fiéis - visto que os sacramentos, por ação do Paráclito, santificam todos aqueles que tomam parte deles com boa vontade. Desse modo, sendo um pastor que, estando próximo do rebanho, deve ter o cheiro delas, que deve estar no meio dos fiéis, onde deve se identificar, servir como exemplo de perseverança, amor, fé e caridade. Diante disso, os sacerdotes, aqueles que não possuem o episcopado e mesmo assim são ministros do Altíssimo e adoram sua magnificência e deidade, são chamados a ser "à imagem de Cristo, sumo e eterno sacerdote (Hb. 5, 1-10; 7,24; 9, 11-28), para pregar o Evangelho, apascentar os fiéis e celebrar o culto divino, como verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento. Participantes, segundo o grau do seu ministério, da função de Cristo mediador único (1Tm, 2,5), anunciando a todos a palavra de Deus. Mas é no culto, ou celebração eucarística que exercem principalmente o seu múnus sagrado; nela, atuando em nome de Cristo e proclamando o Seu mistério, unem as preces dos fiéis ao sacrifício da cabeça e, no sacrifício da missa, representam e aplicam, até à vinda do Senhor (1Cor. 11,26), o único sacrifício do Novo Testamento, ou seja, Cristo oferecendo-se, uma vez por todas, ao Pai, como hóstia imaculada (Hb. 9, 11-28) [25].

13. ''A organização eclesial da Santa Igreja presente no Habbo demonstra sua principal missão: levar à glória da Igreja aos que se encontram neste parâmetro virtual, para que se sintam chamados, de fato, a cerne d'Ela, e, deste modo, possam encontrar-se com suas vocações – de modo especial os chamados ao presbiterado - e ter seu encontro com Deus, que nos usa de diversas maneiras para conseguir almas para Ele [26]''. Nesse ínterim, o sacerdote deve exercer a missão que seu próprio nome diz: ser um pai. Um pai que cuida de seus filhos (fiéis), um pai que se preocupa com seus filhos e se esforça por eles. De tal modo, a missão do presbítero na Igreja virtual é ser o agente mais próximo do povo, seja trabalhando em suas paróquias, junto de seus fiéis, seja auxiliando os bispos mais como seus subordinados, organizando e participando de eventos que têm como objetivo alcançar àqueles que precisam ouvir o anúncio da boa nova. ''O Ministério Sacerdotal deve brotar do coração do Pai, pois, um sacerdócio que não se configura no coração amoroso de Deus, está condenado a ruínas. O sacerdócio que brota do coração do Pai não tem medo de se doar, e se doa na gratuidade, na alegria, pois encontra em sua doação uma configuração cada vez mais perfeita com o coração de Deus, sobretudo, vê em si a imagem do Cristo, que doou-se totalmente pela humanidade [27]''.

14. Por conseguinte, o sacerdócio na Igreja habbiana é chamado a ser o principal difusor da missão eclesiástica que exercemos por este meio virtual, pois devemos ser os primeiros ''chamados para o serviço do Povo de Deus [28]'', agindo através da pregação da boa-nova do Evangelho, por meio da dissimulação dos sacramentos [29], principalmente o da Eucaristia, para que possamos ''levar à reconciliação com a Igreja, e, deste modo, com Deus entre aqueles que se separaram, bem como dizer palavras de Salvação para que todos naquele ambiente virtual possam se converter [30]''. Esta é a cerne do sacerdócio, difundir o amor de Deus por via do povo, isto é, aperfeiçoar os "cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo'' (Ef. 4, 12), instigando todos a cuidar do Reino dos Céus sobre a terra, a Mãe Igreja. ''[...] Dar-vos-ei pastores - É essa a promessa do Deus da Vida, para o povo de Israel, promessa essa, que se completa em Jesus - "Ego sum pastor bônus" -, e que a Igreja, comunidade do Corpo do Senhor, toma pra si como verdade e promessa. Os pastores do povo de Deus, são aqueles que, escolhidos do meio do povo, recebem o ministério do sacerdócio, para servir á comunidade dos batizados e batizadas, e, que, buscam sempre [...] ser "o amor do Coração de Jesus" [31]. Por este batismo recebemos o sacerdócio régio [32], mas, por concessão dos sucessores de Gregório XVII, no Habbo como a figura de Pedro [33], somos incorporados no sacerdócio real e ministerial, aquele que deve favorecer aos fiéis verdade e força, pois age em nome de Cristo, mesmo que neste âmbito virtual.

CONCLUSÃO
Considerações finais

Este sacrossanto concílio buscou, a partir das discussões da III Sessão Conciliar, definir a natureza do Sacro Colégio Presbiteral habbiano e sua principal função no âmago da missão da Santa Mãe Igreja. Destarte, o sacerdócio é o brilho dos olhos de Deus sobre a terra, pois eles são convocados a enxergar seu rebanho com o mesmo olhar que Cristo teve por nós sob o madeiro da Cruz; o sacerdócio é a temática que superabunda o Coração de nosso Deus, pois é um ato de extrema caridade e amor por nós; ''como amava os seus, Jesus amou-os até ao fim'' (Jo. 13). Nesse ínterim, a missão de um sacerdote é levar a Palavra de luz e salvação a todos, assim como Moisés e Aarão foram convocados por Deus e tiveram a dura tarefa de propagar os dez mandamentos do Senhor. Assim como Cristo teve de pregar a boa-nova, sendo duro, mas, ao mesmo tempo compassivo com todos. Então, o sacerdote, aquele que se assemelha ao Coração de Nosso Senhor, é o retrato do Seu incomparável amor por nós. Destarte, o sacerdócio no orbe habbiano, tem por encargo evangelizar todos, espelhando-se à humildade de Cristo, mantendo-se em comunhão com Ele, e, logo, com Sua amada Igreja. Sendo assim, o sacerdote deve guiar o povo de Deus na jornada rumo ao Céu, com o poder de administrar os sacramentos, a qual foi confiado em sua ordenação. A Natureza do Colégio presbiteral, é por si o colégio principal, responsável por evangelizar e trazer a santificação dos povos, sempre aliado ao colégio dos bispos, para que sejamos ''um só corpo em Cristo'' (Rm. 12, 5).

Dado em Jerusalém, no dia 16 do mês de setembro do ano de 2020, primeiro de nosso Pontificado.

Ioannes Paulus, Pp. VII 
Pontifex Maximus

+ Jorge Snaif Médici M. Card. Mancini
+ Daniel Paulo Card. Stramantino
+ Raul Gabriel Card. Steiner
+ João Maria Card. Kekeison
+ Darllan Victor Messias Card. D'Médici
+ Apolônio d'Médici Card. Materazzi
+ Wesley Oliveira Card. Ravassi
+ Pedro Henrique Card. Médici
+ Tomás S. S. A. Von Klapperschlange e Araújo
+ Hery Cardoso
+ Caio Skol Ventresca Medeiros
+ Marcos Nunes Steiner
+ Gabriel Forgione Médici
___________________

[1] Constituição Dogmática ''Lumen Gentium'', de Sua Santidade, o Papa Paulo VI, do Concílio Vaticano II, Cap. III, n° 28; 
[2] Cf. Homilia de Sua Santidade, o Papa Gregório XVII, na ocasião de sua visita à Igreja datada em 18 de junho de 2019;
[3] Decreto ''PRESBYTERORUM ORDINIS'', do Concílio Vaticano II, de Sua Santidade, o Papa Paulo VI, sobre o Ministério e a Vida dos Sacerdotes;
[4] Constituição Dogmática ''Lumen Gentium'', de Sua Santidade, o Papa Paulo VI, do Concílio Vaticano II, Cap. I, n° 3;
[5] Catecismo da Igreja Católica, n° 1539; 
[6] Carta Encíclica ''Mysterium Fidei'', do Papa João Paulo VI, sobre a Eucaristia e o Sacerdócio no Habbo Hotel;
[7] Cf. Prece de Ordenação Episcopal, do Pontifical Romano; 
[8] Constituição Dogmática ''Lumen Gentium'', de Sua Santidade, o Papa Paulo VI, do Concílio Vaticano II, Cap. II, n° 10;
[9] Cf. Prefácio do Santíssimo (Sagrado) Coração de Jesus;
[10] Cardeal Odilo Pedro Scherer - Arcebispo Metropolitano de São Paulo - O SÃO PAULO, edição de 05/06/2018; 
[11] De São João Maria Vianney (São Cura D'ars), fonte: ''O amor do Coração de Jesus'', Pe. Paulo Ricardo;
[12] Carta do Papa João Paulo II aos Sacerdotes por ocasião da Quinta-feira Santa de 1995, n. 8b; [13] Decreto ''Unitatis Redintegrati'', do Concílio Vaticano II, da Unidade da Igreja, Cap. I, Princípios do Ecumenismo; 
[14] Prefácio Próprio para Solenidade do SS. Coração de Jesus; 
[15] Decreto ''Unitatis Redintegrati'', do Concílio Vaticano II, da Unidade da Igreja, Cap. I, Princípios do Ecumenismo; 
[16] Decreto ''PRESBYTERORUM ORDINIS'' - Sobre o ministério e a vida dos sacerdotes, Cap. I, n° 2; 
[17] Constituição Conciliar ''PREDICATE EVANGELIUM'' - Sobre a Natureza da Igreja no Habbo Hotel, Cap. III (Da unidade da Igreja), n° 17; 
[18] Decreto ''PRESBYTERORUM ORDINIS'', do Concílio Vaticano II, de Sua Santidade, o Papa Paulo VI, sobre o Ministério e a Vida dos Sacerdotes; 
[19] Constituição Conciliar ''SALUS ANIMARUM'', do Concílio Vaticano VII - Sobre a Igreja no Habbo Hotel; 
[20] Decreto ''PRESBYTERORUM ORDINIS'' - Sobre o ministério e a vida dos sacerdotes, Cap. I, n° 2;
[21] Exortação Apostólica ''Menti Nostrae'', de Sua Santidade, o Papa Pio XII, Sobre a Santidade da Vida Sacerdotal, da Imitação de Cristo 1, União íntima, n° 13; 
[22] Exortação Apostólica ''Menti Nostrae'', de Sua Santidade, o Papa Pio XII, Sobre a Santidade da Vida Sacerdotal, da Imitação de Cristo 1, Imolação da Vontade, n° 18;
[23] São Clemente de Roma, Cor., 61, 1-2; 
[24] Dos Sermões, n° 229/ E, 4 - sobre Santo Agostinho; 
[25] Constituição Dogmática ''Lumen Gentium'', de Sua Santidade, o Papa Paulo VI, do Concílio Vaticano II, Cap. III, n° 28;
[26] Constituição Conciliar ''PREDICATE EVANGELIUM'' - Sobre a Natureza da Igreja no Habbo Hotel, Cap. III (Da unidade da Igreja), n° 24;
[27] Carta Pastoral ''Dabos Vobis'', de Sua Santidade, o Papa Paulo II, n° 4; 
[28] Constituição Dogmática ''Lumen Gentium'', de Sua Santidade, o Papa Paulo VI, do Concílio Vaticano II, Cap. III, n° 28; 
[29] Os Sacramento da Igreja na sua dimensão Canônico-Pastoral, Jesús Hortal, S.J - Edições Loyla, Página 34, VIII; 
[30] Constituição Conciliar ''PREDICATE EVANGELIUM'' - Sobre a Natureza da Igreja no Habbo Hotel, Cap. III (Da unidade da Igreja), n° 30; 
[31] Carta Encíclica ''Sacerdotalis Dominus'', Introdução, 1-2, do Papa João I; 
[32] Exortação Apostólica Pós-Sinodal ''MITTE ME AD GENTES'', João Paulo VII, n° 1; 
[33] Constituição Conciliar ''AETERNUM PATRIS'' - Sobre a Natureza do Colégio Apostólico no Habbo Hotel, Cap. IV (O colégio dos bispos e sua união com o Papa), n° 14.